Quando eu tinha 6 anos eu fui pra Disney, e pro café da manhã no hotelzinho que a gente tava, minha mãe comprava Quik de caixinha pra mim (pq eu não tomo café), e eu adoraaava, era muito gostoso. Depois que vim embora nunca mais tomei, deve ter aqui também pra vender, mas eu nunca procurei, até porque sou fã de Toddynho e tal. Acho que era uma coisa que tinha ficado nos EUA. E quando eu voltei lá, procurei no mercado o tal do Quik pronto pra tomar, não era mais de caixinha, era de garrafinha, mas dá na mesma. E na primeira vez que eu tomei, parecia que eu tinha voltado quase 16 anos no tempo, tinha exatamente o mesmo gosto que eu me lembrava. E num dos dias que eu fui pra NYC, ainda no trem, passei por um outdoor com a propaganda do Quik, e o slogan era essa frase do título, achei o máximo. Adotei pra minha vida hehehehehe... Não sei porque eu contei isso, acho que é uma identificação minha com os EUA.
Cheguei em casa ontem, o vôo foi tranquilo. Cheguei no JFK às 7, 3 horas antes, então deu tempo de passear, ir no free shop... (eu tava preocupada achando que ia pagar excesso de bagagem, mas não paguei por UM quilo, então aproveitei e comprei uma carteira da Guess que eu queria muito) demorou pra decolar porque o avião teve um problema técnico, mas a vinda foi rápida, mais rápida do que a ida (acho que porque eu tomei um remédio que ajuda a dormir, ao contrário do primeiro vôo que foi bem tenso). Quando o comandante falou que a gente tava começando o procedimento pra aterrisar já me deu um nó na garganta, quando a gente aterrisou e ele falou "Bem Vindos a São Paulo" eu chorei. Tanto de não ter dado certo e ouvir isso 11 meses antes do esperado, mas principalmente por estar de volta à minha cidade que eu tanto amo e senti tanta saudade. A parte da Policia Federal foi rápida, a parte das malas demorou mais, uma das minhas não saía de jeito nenhum, eu tava quase tendo um ataque. Mas depois de meia hora finalmente veio (e depois eu descobri que a outra tinha sido inspecionada ¬¬). E foi bom ver meus pais e minha vó me esperando no portão, ir comer comida de verdade numa churrascaria e principalmente ver meus bebês, de quem eu senti mais saudade, e apertei muuuuuuito. Foi até estranho ouvir todo mundo falando português, eu quase fiz um pedido em inglês hahahahhahaha.... E hoje tirei a tarde pra desarrumar as malas, meu quarto tava um absurdo de zoneado, não sabia nem por onde começar... agora tá tudo mais ou menos no seu devido lugar (ou quase).
Eu achei que ia estranhar estar de volta, mas o estranho é que parece que eu passei sei lá, 3 dias fora, não parece que foi um mês, as coisas são exatamente as mesmas, mas não daquele jeito estranho que seria se eu tivesse passado um ano, é realmente como se eu tivesse ficado só uns dias.
Como eu já disse, não encaro isso como uma derrota. Foi uma experiência que deu certo enquanto tinha que dar, e se terminou antes do previsto, é porque realmente tinha que ser. Eu tinha jogado pro destino, pra que acontecesse o que fosse o melhor pra mim, e se estar aqui é o melhor, então eu vou aceitar. Em apenas um mês eu mudei muito, passei a encarar várias coisas de outra maneira, dar valor pra coisas que eu "took for granted", como dormir na minha cama, sentar pra ver tv com a minha mãe no chão da sala, comer arroz, feijão e frango na minha vó (comi hj!). Claro que eu fiquei um pouco decepcionada por não ter dado certo, e não que eu deseje mal pra ninguém, mas tudo o que vai, volta, cedo ou tarde. Eu tenho consciência tranquila de que fiz o melhor que pude.
Mas tiveram mais coisas que valeram a pena do que coisas ruins, como eu disse várias vezes meu maior sonho era conhecer NYC, nunca vou esquecer a sensação de andar por aquelas ruas, olhar pra Estátua da Liberdade e pra Times Square de boca aberta, sentir aquela sensação de "não acredito que estou mesmo aqui". E passei uma semana e meia ótima, numa casa com pessoas que não me rejeitavam, perto de tudo, ir passear no Mall, comprar as comidas que EU queria comer, sentar no Dunkin Donuts pra tomar um chocolate, conhecer au pairs maravilhosas... É uma experiência que eu nunca vou esquecer, e que valeu a pena principalmente por isso:
E isso...
E isso...
E isso...
E isso...
E isso.
Agora vou curtir meu país e pensar no que eu vou fazer. Aliás, não sei nem o que fazer com esse blog, porque minha experiência de au pair acabou.... alguma sugestão? (Ainda vou fazer um post com o balanço de tudo o que eu fiz nos EUA). Mas é isso, acho que a melhor parte foi ver que tantas pessoas se preocupam comigo, gente que eu nem conheço, ou que eu jamais esperaria algo. Depois de ser rejeitada e ser um (sic) huge inconvenient numa casa, isso é o mais importante. E também, receber um "welcome back" de tantas pessoas, realmente essa é minha casa. Quando eu tava no cab indo pro JFK, olhando pras ruas, eu senti um nó na garganta por ter que ir embora. Eu sei que falei que não queria que ninguém lamentasse porque não é uma derrota, mas como eu disse, mesmo assim não deixa de ser uma decepção. Mas naquela hora eu só tinha um pensamento na cabeça: This is not over USA, I'm coming back soon.
"Sem sonhos, a vida não tem brilho.
Sem metas, os sonhos não têm alicerces.
Sem prioridades, os sonhos não se tornam reais. Sonhe, trace metas, estabeleça prioridades e corra riscos para executar seus sonhos. Melhor é errar por tentar do que errar por omitir." Augusto Cury
Sem metas, os sonhos não têm alicerces.
Sem prioridades, os sonhos não se tornam reais. Sonhe, trace metas, estabeleça prioridades e corra riscos para executar seus sonhos. Melhor é errar por tentar do que errar por omitir." Augusto Cury