7 months later....

Cara, de repente me deu vontade de entrar no meu antigo blog, não sei porque. Deu saudade de tudo q eu escrevia, queria ler de novo. Não sei nem se alguém ainda vai ler isso, mas enfim.... acho que é mais pra mim mesmo.

Fiquei esse tempo todo evitando entrar aqui, porque apesar de eu ter ficado feliz em voltar, é difícil. você planeja um ano da sua vida e de repente você se vê de volta à estaca zero. Mas vamos ao que aconteceu nesses últimos meses de volta ao Brasil.

Em setembro eu finalmente consegui um trampo num escritório. Não é exatamente o q eu adoraria fazer, (até pq eu nao faço mta coisa) mas o pessoal é legal e eu ganho até que bem, tô conseguindo juntar uma grana. Não tô saindo tanto quanto nas semanas que se seguiram à minha volta (q eu saía praticamente toda semana) mas tô dando minhas saídas. Recuperei amizades antigas, fiz novas, e mais importante, passei a dar muito valor a todas elas. Ah, emm agosto viajei com papis e mamis pra Porto seguro. Preciso comentar meu estado ao passar pelo balcão do embarque internacional da Tam no aeroporto?

Eu falava muito por aqui sobre meus 2 bebês que eu sentia tanta falta, eles tão cada dia mais lindos e engraçados, começaram a falar e aprontar. Em outubro foi a festa de 2 anos deles, e foi um dia que eu não queria estar em NENHUM lugar do mundo que não fosse ali. Agradeci muito a Deus por fazeer parte daquele dia, pois o planejado era não estar presente, e eu estava (opa, princípio de choro, socorro). Enfim, a cada dia amo mais aqueles dois, e se tem um motivo que me faz FELIZ por estar de volta, são eles. Cada vez que um deles grita ÔLÚ! eu me derreto.

Mas apesar disso ainda dói um pouco, fico me perguntando o que deu errado, talvez se eu tivesse escolhido outra família ainda estaria lá, se, se, se.... coisas que eu nunca vou saber. Muitas vezes eu acabo lembrando das coisas que passei naquela casa, e até sinto um pouco de saudade dos meninos. Tenho saudade principalmente dos 10 dias que eu passei na Jennifer, a LCC. Pode parecer incrível, mas eu morro de saudade de Valley Stream, uma cidadezinha no comecinho de Long Island que não tinha nada de especial, era como todas as outras cidadezinhas, mas eu tenho saudade de ir andando até o Mall debaixo de um sol de 35 graus, de ir no mercado comprar tranqueira, de sair cedinho de casa e ir andando até a estação e pegar o trem pra Manhattan. E também de ter sido tratada com consideração lá. Provavelmente pra ela seja algo normal, pq ela está acostumada a ter au pairs em casa, mas pra quem tá sozinha e perdida num país estranho e tendo acabado de sair de uma casa onde você era um "inconveniente", um simples "vou fazer um hamburguer pro meu filho jantar, faço um pra você também!", ou o fato dela ter dobrado todas as minhas roupas depois de lavar, ou me chamado pro Au Pair Meeting,  fazem toda a diferença. Foram detalhes como esse que salvaram tudo aquilo, me fez ver que valeu sim a pena. Espero que ela saiba que eu nunca vou esquecer aqueles dias. Thank you, Jennifer.

Quanto ao futuro, não faço a menor idéia. Eu quero muito voltar pra NY pra estudar, quem sabe daqui uns 2 anos. tô juntando uma grana, mas não vou afirmar nada com certeza, muita coisa pode mudar. Posso fazer uma nova facu, uma pós, sei lá. "Vou deixar a vida me levar."

E é aquela coisa que eu falava quando tava lá sofrendo, a gente tem q dar valor pras coisas. Hoje em dia a vida voltou ao normal e aquilo é só uma lembrança ruim, mas eu sempre agradeço por ter tudo isso, por estar na minha casa, ter meus amigos perto, até comer comida boa..... kkkkk e como eu disse, claro que é frustrante, queria ter ido na Black friday, queria passar o ano novo na Times, queria conhecer vários lugares.... ficou um gostinho de quero mais, mas paciência. se eu estou aqui é porque tem que ser. 

E esse ano não vai ser marcado por uma frustração, e sim por uma oportunidade, um aprendizado, e mais que tudo, por finalmente ter CONHECIDO NEW YORK!!!!

Feliz ano novo pra vocês... pra quem ainda tá lá, quem já voltou e quem nem foi ainda. Qualquer dia desses eu volto. Ou não, sei lá. Mas tô sempre por aí.